quarta-feira, 9 de junho de 2010

Versinho...

"É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração"


Luís Gonzaga Júnior

terça-feira, 8 de junho de 2010

O último romance e uma interpretação a ela... à ela.


O Último Romance
(Rodrigo amarante)
Eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor.
E o quanto levou... foi prá eu merecer. Antes um mês, eu já nem sei...
E até quem me ver lendo o jornal na fila do pão, sabe que eu te encontrei.
E ninguém dirá, que é tarde demais, que é tão diferente assim. Do nosso amor, a gente é quem sabe, pequena...

Ah, vai... e me diz o que é o sufoco, que eu te te mostro alguém afim de te acompanhar..
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola...

Eu encontrei-a e quis duvidar: Tanto clichê... "-Deve não ser."
Você me falou prá eu não me preocupar, ter fé e ver coragem no amor.
E só de te ver eu penso em trocar a minha tv num jeito de te levar à qualquer lugar que vc queira e ir aonde o vento for. Que prá nós dois sair de casa já é se aventurar...

Ah... vai e me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar.
E se o tempo for te levar, eu sigo essa onda e pego carona prá te acompanhar...



Chega a ser impressionante como essa letra tem impacto.
Inicialmente parece-nos a história de um velhinho que encontra o seu último amor. Mas vamos pegá-la, com essa idéia, e destrinchá-la verso a verso.

(Eu encontrei-a..)-- Estava ele só, pelo jeito já de costume, só. Já adequado a estar assim. E de certa forma vivendo com a solidão como companheira.. Quando de repente o amor o pega.
(e o quanto levou)-- E pensando exatamente nesse fato de de repente ser pego pelo amor novamente e imaginado o tempo o qual ficou só, ele pensa que se antes, se não tivesse passado por tudo o que haveria sido aquele tempo só, talvez não teria dado a suma importância que esse amor deveria.
(e até quem me ver..)-- Sua felicidade é tanta que naquele rosto cansado, mesmo cansado, é perceptível a alegria daquele ser em estar apaixonado. E nem sequer ter vontade de esconder o seu estado..
( e ninguém dirá...)-- Percebe-se aí, o velhinho descartando certas dificuldades, coisas do tipo filhos perguntando: "- Mas pai nessa idade???". E querendo mostrar a ela que a idade é algo irrisório, perto daquele amor. E que só eles dois sabem a intensidade daquela emoção...
(ahh, vai e me diz..)-- Demonstrando toda a sua capacidade de companheirismo o velhinho diz prá ela que qualquer forma de sufoco, ou problema que eles tenham, ele vai estar ali prá ampará-la e sofrer junto. E que caso ela precisar ir à praia prá tentar espairecer ou algo do tipo, caminhar, ele fará o que for preciso prá ela se sentir bem, levando o que for preciso, por isso "levo essa casa numa sacola".
(Eu encontrei-a e quis duvidar..)-- Ele a encontrou numa situação tão parecida com a de outras paixões que em nada deram, que ficou um tanto incrédulo e ficou na dúvida se ali era o amor da vida dele.
(você falou...)-- Sua amada, mas crente naquele momento, daquele amor, o diz que tenha fé (coisa de velho. O famoso: "fulano, tenha fé!!"), e que veja coragem no amor e que prossiga.
(E só de te ver...)--Uma confissão do velho. Que de tão apaixonado por sua velhinha, ele deixaria o ritmo de vida dele, paradão, prá tentar conhecer coisas novas e fazer coisas que nunca havia feito com ninguém. E que naquela condição, já velhos, e por tal estado de espírito, apaixonados, prá eles sairem de casa já era uma grande odisséia...
(ah.. vai e me mostra o que é o sossego..) -- Pede a ela que o mostre o sossego de amar em paz...
(e se o tempo for..)--E que se um dia a vida a tire dele, por mais próximo que esteja, ele vai esperar a morte também com um único desejo: o de encontrá-la novamente e de continuar essa história de amor.


Lindo, não????


Lembrando que essa foi uma interpretação pessoal, ou seja, não sei se o autor queria dizer exatamente isso.
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